Reflexão dos estudos do Módulo 1 da Dimensão Econômica do Curso Design Para Sustentabilidade do Gaia Education, que aborda o tema 'Mudando da economia global para a economia sustentável e regenerativa'.
Há quase uma década ingressei profissionalmente na seara ambiental, ao passar para o concurso do Ministério Público da Paraíba e ter sido lotada para estagiar na Promotoria de Defesa do Meio Ambiente da Capital do Estado, local em que permaneci trabalhando ao me graduar em Direito e ter sido nomeada Assessora Jurídica da Promotoria. Segui atuando no ramo e me especializei em Direito Ambiental, mas confesso que não tinha o sistema econômico como um ponto central dos meus estudos, até que em 2017, tive a oportunidade de conhecer a realidade por trás da Indústria e Mercado da Moda, algo que muito consumi até meados de 2015, quando mudei meu estilo de vida para o minimalismo.
Enveredei nas pesquisas sobre a indústria da moda e sentindo a necessidade de apresentar à sociedade esse sistema competitivo, exploratório e degenerativo, escrevi o meu primeiro livro intitulado O Meio Ambiente Sustentável da Moda no Brasil e no Mundo, que será lançado em junho 2019, pela Editora Lumen Juris.
Assim como foi exemplificado com o caso do óleo de palma e a degradação da Indonésia, a Indústria da Moda faz em diversas partes do mundo, sobretudo, em Bangladesh, local onde aconteceu o maior desastre mundial da indústria da moda, fato que ocorreu, com suas peculiaridades, mas justamente pelas razões apresentadas neste módulo.
Meus incessantes estudos me levaram a chegar até o Gaia Education e ingressar no Design Para a Sustentabilidade. O Design Social foi uma riquíssima fonte de aprendizado e a Dimensão Econômica está sendo a sequência dessa auspiciosa oportunidade. Poder conhecer sobre o sistema econômico pelo prisma Ambiental e da Interexistência tem sido motivador.
Já conhecia alguns conceitos como o Overshoot Day, Agenda 2030, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, entre outros, mas o Gaia Education sempre surpreende através da visão sistêmica, muito bem estruturada e fundamentada dos seus materiais.
Como escritora e ambientalista, vinha buscando por informação acerca do capitalismo sustentável para empreender de maneira próspera e, sobretudo, regeneradora, diante da cultura e estresse planetário em que vivemos, e confesso que o GEDS Econômico foi verdadeiramente inspirador.
Nunca tive apego a dinheiro, sempre valorizei o aspecto qualitativo em detrimento do quantitativo, mas, infelizmente, muitas vezes me vi vítima desse sistema monetário que não é nada livre e, por falta de conhecimento, em muitos momentos me senti aprisionada e desolada por não saber como lidar com as questões financeiras.
Mas com os estudos desse primeiro módulo pude ver sinais de esperança e entender com mais clareza como posso ser uma semente para transformar esse nosso sistema econômico disfuncional, através de iniciativas e práticas transformadoras. Vários insights surgiram para aplicar em meus trabalhos em andamento, em um novo projeto de comunicação que lançarei em breve e, principalmente, no dia a dia, tornando a vida mais próspera e abundante.
Entender sobre as externalidades, subsídios e regulamentações estabelecidos e aplicados pela OMC, pelo FMI e pelo Banco Mundial, e o inerente imperativo do crescimento de nosso sistema monetário atual, assim como compreender a reforma fiscal ambiental, o capital regenerativo, as Oito Formas de Capital e ver os padrões de regeneração surgindo local, regional e globalmente me soaram como verdadeiros sinais de esperança, que ajudarão a transformar a economia global na direção da sustentabilidade por meio da cooperação espontânea, sem violação ecológica ou a desvantagem para ninguém.
Este estudo me apresentou novos insights para me manter livre dessa economia competitiva, exploratória e degenerativa, bem como fomentar essa libertação ajudando a transformar a economia de modo que ela funcione para as pessoas e para o planeta, assim como aspira a New Economic Foundation.
Sei que ainda não esgotamos todas as respostas e soluções, mas estamos fazendo as perguntas certas para tomar passos importantes rumo a uma economia regenerativa.
Seguirei semeando o conceito expandido de riqueza e buscando por constante evolução...
Taiara Desirée
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